sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Ana Paula.


Por Cláudio Andrade.

A sociedade campista acompanhou o caso do assassinato da jovem Ana Paula com espanto e revolta por saber que, por trás do simulado latrocínio, estava uma ‘encomenda’ macabra cujos motivos ainda são desconhecidos ou sequer serão descobertos.

Fato concreto e repugnante é que Ana Paula está enterrada e, não voltará à vida, seja a mandante condenada ou não pela Justiça dos homens.

O que me chama atenção nesse enredo horripilante é saber que tanto a Ana Paula quanto a sua algoz comiam na mesma mesa, eram confidentes, amigas e unidas por laços familiares.

Infelizmente esse crime com requintes de dramaticidade não é o primeiro e nem será o último. Todavia, abre uma discussão acerca do que realmente está acontecendo na cabeça das pessoas.

Como anda a saúde mental de grande parte de nossa população, que não consegue através da espiritualidade matar seus demônios internos e conter suas bestas feras que, uma vez soltas, tanto mal causa a inocentes.

O caso de Ana Paula não é menos grave que o de milhares de outros que acontecem todos os dias e que, infelizmente, não nos causa mais tanto espanto dado a banalidade, mas isso é outro tema que precisaria de um texto apropriado.

O caso da Ana Paula levanta uma questão de extrema relevância que é a FAMÍLIA e a sua função educadora e pilar de sustentação de seus integrantes.

O ser humano é falho, comete erros minuto a minuto, são dados a tentações, mas tudo isso precisa esbarrar no senso ético, na muralha de contenção chamada racionalidade, pois o fato em questão é IRRACIONAL.

A tragédia ocorrida com Ana Paula é fruto de mentes distorcidas, infladas por desvios crônicos de caráter, retrato clássico do mal incorporado e que ávido por vítimas, trabalham firmes nas mentes corroídas para destruir e matar.

Não restam dúvidas de que todos os atores que proporcionaram a morte de Ana Paula devem ser condenados e cada um cumprir suas respectivas penas de acordo com o nível de participação de cada um.

No entanto, há milhares de outras famílias que são hoje, “barris de pólvora” prontos para explodirem e levarem consigo vítimas inocentes que pode inclusive ser um de nós, que poderemos estar no lugar errado e na hora errada.

Precisamos abrir os olhos para a função da família nos dias atuais. Necessário se faz identificar onde se encontram nossos nódulos e de que forma poderemos alimentar as nossas mentes de coisas saudáveis, limpas, honestas e que nos permita pisar na negatividade que assola nosso imaginário e consome algumas pessoas, quando as mesmas não estão fincadas no amor e na religião.

Na qualidade de homem público dou pêsames à família da Ana Paula e oro para que essa imensa dor se transforme em saudade.

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