A prefeita de Campos Rosinha Garotinho (cassada em primeira instância) exonerou o seu vice-prefeito, o Dr. Chicão (também cassado pela justiça eleitoral de Campos), da Secretaria de Saúde do Município e nomeou para o cargo o médico Geraldo Venâncio (declarado inelegível na mesma sentença que cassou a prefeita e seu vice).
Trata-se do ‘samba do crioulo doido’, afinal além desses vergonhosos problemas de ordem judicial, a área de saúde do município não irá melhorar simplesmente pelo fato de Rosinha ter trocado uma peça.
A saúde municipal é hoje uma ‘doente terminal’ e que não é tratada pelo simples fato de não haver, dento do governo, uma política de respeito ao mais carente, aqueles que mais precisam das ações governamentais.
A chegada de Geraldo Venâncio (inelegível) vai trazer de volta os remédios aos postos de saúde? As ambulâncias nas localidades mais distantes? O agendamento dos exames e cirurgias?
A redução de pessoas nas macas nos corredores do HGG e HFM? Vai retomar o setor de ortopedia inexistente, nesse momento, em toda a área de saúde do município? Os exames de mama, tão cruciais para a identificação do câncer serão realizados com mais celeridade?
As filas, durante a madrugada, composta pelos pacientes na tentativa de agendar uma consulta irão terminar? Os repasses das verbas do SUS para os hospitais serão regularizados?
Esses são apenas alguns problemas crônicos que atingem em cheio a nossa população e que até agora não tiveram solução e, nesse contexto, não serão sanados com a simples chegada do médico Geraldo Venâncio ao cargo.
A saúde de nosso município precisa de um choque de gestão e, para que Geraldo Venâncio possa fazer isso, ele necessita de apoio estrutural e financeiro. No momento e por muito tempo ainda, não terá, pois a prefeitura deve muito aos seus fornecedores e Rosinha continua sonhando com um empréstimo para tentar salvar a sua desgastada imagem de gestora.
A saída de Chicão da Secretaria de Saúde é um duro golpe em suas pretensões em disputar o cargo de prefeito de Campos, afinal estando na direção dessa secretaria, Alexandre Mocaiber, Paulo Hirano, Wilson Cabral, Alcione Athaides, entre outros, iniciaram suas respectivas carreiras políticas.
Não estou pregando aqui, nessa Coluna, o ‘quanto pior melhor’. Todavia, acreditar que uma simples troca de médicos, no comando de uma secretaria tão essencial para o bem estar da população, irá mudar o quadro caótico é conceder ‘atestado de idiota’ ao contribuinte campista.
Vamos aguardar.
Cláudio Andrade.
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