quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sinal vermelho na odontologia pública de Campos


Após o início da greve dos professores da rede de ensino municipal, agora são os dentistas que começam a perder a paciência e uma paralisação não está descartada.

Segundo informações obtidas por esta Coluna, a situação da rede municipal de Odontologia de Campos dos Goytacazes é crítica.

A falta de estrutura básica é séria, com rede sucateada, ausência de técnicos e peças para o conserto e a manutenção dos equipamentos.

Outro ponto grave é o número insuficiente de ASBs (Auxiliares de Serviço Bucal) que impossibilita ao dentista o exercício da função de forma eficaz em respeito aos usuários.
Segundo fontes, o receio de serem ‘relotados’ é uma constante e vem inibindo os dentistas de postularem, de forma pública e com mais intensidade, os seus direitos.

Os plantonistas estão trabalhando há quase três meses como (24 horas) e recebendo por apenas (20 horas) que é a carga que consta no edital do concurso. Detalhe, a administração do setor prometeu pagar as horas extras e até o momento não cumpriu o acordado.

Até o momento, o prejuízo devido ao não pagamento dessas horas extras é de aproximadamente R$ 1 mil para os plantonistas de 'semana' e um pouco mais para os que trabalham nos 'fins de semana'.

Um grupo de dentistas elaborou um memorando endereçado ao diretor responsável, o senhor Ivan Machado, contendo de forma discriminada todas as necessidades que a classe deseja para conseguir trabalhar de forma digna. Porém, até o fechamento dessa Coluna, não foram atendidos.

Vale dizer que no setor de ortodontia a situação é tão precária que se chegou ao ponto de não ser possível dar alta a alguns pacientes, pois não há condições estruturais.

Falta material e infraestrutura básica, pois há lâmpadas queimadas e cadeiras que não funcionam.

Em relação à manutenção dos aparelhos odontológicos, o quadro é surreal. A rede pública municipal possui 72 unidades básicas de saúde e apenas dois técnicos para vistoriar os aparelhos. Um deles está de licença, fazendo com que todo o serviço fique a cargo de apenas uma pessoa, o que é inadmissível.

Vale dizer que os setores auxiliares como radiologia e prótese - que também são de grande relevância - não funcionam há mais de oito meses.

O programa ESF (Estratégia Saúde da Família) até hoje não foi contemplado com as ASB (Assistentes de Saúde Bucal). E isso vem comprometendo, em demasia, a execução do programa.

Pelo visto, o município de Campos dos Goytacazes está diante de uma gestão odontológica que não preserva a saúde bucal e isso é inconcebível diante da importância dessa profissão e das doenças que podem ser geradas pelo mau cuidado com a boca.

Cláudio Andrade

4 comentários:

Anônimo disse...

GOVERNO DA MUDANÇA DESTRÓI TODO UM TRABALHO BRILHANTE DA ODONTOLOGIA NA SAUDE DO MUICIPIO CONSEGUIDO NESTES ULTIMOS TRINTA ANOS DONA ROSINHA QUEM É O TSUNAMI É A SENHORA

Anônimo disse...

Um absurdo o que vem acontecendo com a Odontologia em nossa cidade. Profissionais, tão profissionais quanto os médicos, que não são reconhecidos. Materiais e instrumentais de uso que faltam a mais de 2 anos nos postos, equipamentos sucateados. Riscos??? Temos vários riscos que comprometem a vida das(os) Cirurgiões Dentistas, das(os) ASBs, TSBs e do próprio Paciente. Sem contar, o descaso com as ASBs que fizeram o concurso realizado em abril/2014 e só 50% das selecionadas foram chamadas, quando na verdade, precisasse de mais que as selecionadas.

Anônimo disse...

É um verdadeiro descaso com os profissionais. Nada adianta fazer uma relotação dos dentistas, como pretendida pelo coordenador da odontologia, Ivan Machado.Pois trocar José por Manoel que executam a mesma função nada resolve nem traz melhorias a municipalidade e nem aos munícipes. O que se faz necessário é dar dignidade aos profissionais da saúde para que possam exercer sua função com tranquilidade. Sem falar que se a Vigilância Sanitária fosse aos postos de saúde nenhum deles seriam liberados para funcionar devido a péssimas condições de trabalho, como: instrumentais que não são esterilizados corretamente, falta de materiais, falta de biossegurança e outros.
Espero que de alguma forma alguém possa olhar pela classe odontológica.

jose geraldo pereira disse...

Existem profissionais gabaritados e com especialização profissional, especialmente na área de pacientes com necessidades especiais concursados que não foram chamados, enquanto outros sem a devida formação na área ocupando essas funções. Faça o levantamento que você vera muito mais. O mais grave que o Município recebe recebe verba especifica do governo para esse programa e mantem pessoas sem a qualificação tirando o lugar dos qualificados que foram aprovados em concurso. Um verdadeiro absurdo, faça o levantamento.