sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Economia de Rosinha não passa pelo aluguel da Secretaria de Obras


Por Cláudio Andrade

A crise administrativa por que passa a Prefeitura de Campos dos Goytacazes tem feito a prefeita Rosinha cometer alguns atos incoerentes.

Enquanto ela alardeia que enxugar os quadros funcionais (DASs e terceirizados) é necessário para sobreviver ao atual momento, os dados financeiros demonstram que Rosinha possui dois pesos e duas medidas quando exerce os atos de contenção.

Em conformidade com os dados financeiros disponibilizados pelo site da Prefeitura de Campos e corroborado por fontes desta Coluna, o contrato nº 2014.004.005017-1 OF/2014 nos chama a atenção por ser uma prova cabal do discurso dúbio de nossa prefeita.

O referido contrato corresponde a um aluguel celebrado entre a prefeitura e a Queimado Empreendimentos Agrícolas LTDA. De acordo com o pagamento de outubro de 2014, Ordem Bancária 1817, Rosinha paga, por mês a essa firma a quantia de R$ 18.105.52 que, multiplicados por doze meses, equivale a um gasto anual de R$ 217.266.24 (duzentos e dezessete mil, duzentos e sessenta e seis reais e vinte e quatro centavos) em aluguel.

Porém, o mais interessante ainda estar por vir. Partindo do discurso dúbio preconizado por Rosinha da necessidade de economizar, o que muitos não sabem é que esse aluguel é referente ao prédio onde funciona a Secretaria de Obras, Urbanismo e Infraestrutura, de Campos.

Se realmente a intenção é cortar gastos, por que a Secretaria de Obras ainda não foi transferida para um prédio de propriedade da Prefeitura? Afinal, quantas casas já foram desapropriadas nos últimos anos?

Outra solução seria a transferência da secretaria de Obras para o Cesec (Centro Administrativo), o que resultaria em uma economia anual de R$ 217.266.24 , valor esse que poderia ser direcionado para questões mais urgentes.

As incoerências não param por aí. Ontem, a Empresa Vital Engenharia, responsável pela coleta de lixo do município, recebeu dos cofres públicos o valor de R$ 6.302.052 (seis milhões trezentos e dois mil e cinquenta e dois centavos).

Na mesma velocidade que o dinheiro público sai para o pagamento de um serviço de limpeza pública que poderia ser muito melhor, (principalmente em localidades distantes do centro como Aroeira, Babosa e Correnteza) onde moradores queimam o lixo por não haver o serviço de coleta, a incoerência continua a surgir.

Segundo fontes desta Coluna, a Empresa Vital possui cerca de mil e duzentos funcionários e, após o carnaval, demitirá pelo menos duzentos, devido aos problemas administrativos da prefeitura. Isso resulta em mais chefes de família, que recebem na faixa de mil reais, lançados para fora do mercado de trabalho campista.

Pelo visto, a política de enxugamento de Rosinha, além de ser dúbia e incoerente, está descontando no trabalhador mais sacrificado, ao optar por cortar a base da pirâmide, onde eles se encontram.

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