segunda-feira, 2 de junho de 2014

FIRJAN: Quissamã obteve a maior nota na área de saúde entre todos os municípios do estado


A região Norte tem oito municípios com desenvolvimento moderado de acordo com Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Macaé é a 10ª no ranking geral de cidades fluminenses

Rio, 2 de junho de 2014

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) para acompanhar a evolução dos 5.565 municípios brasileiros, revelou em sua 6ª edição que oito dos nove municípios do Norte Fluminense alcançaram patamar moderado. Na região, apenas Cardoso Moreira (IFDM 0,5818) obteve desenvolvimento regular.


Macaé, com IFDM 0,7905, se manteve no topo do ranking regional, ficando entre os dez maiores IFDMs do estado. No entanto, a cidade perdeu o alto nível de desenvolvimento por conta de uma menor atividade econômica, observada em 2011. Essa redução foi registrada pela queda do indicador de Emprego e Renda. Por sua vez, São João da Barra e Quissamã se destacaram por terem melhorado nas três vertentes em comparação à medição anterior, conseguindo avançar no ranking estadual.

Com recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda de todos os municípios brasileiros. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 - último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro na segunda década do mesmo século.

O Norte Fluminense se destacou nos resultados do IFDM-Saúdede 2011, já que a região ficou com quatro municípios com alto índice de desenvolvimento, com destaque para Quissamã (0,9313), maior nota do estado nesta área. Em Educação, o quadro também foi positivo, uma vez que todos os municípios possuem, no mínimo, desenvolvimento moderado, novamente com destaque para Quissamã (0,8096), o único município com alto desenvolvimento em Educação na região. Na vertente Emprego e Renda, por sua vez, há municípios em todas as classificações do IFDM, desde baixo desenvolvimento, como São Fidélis e Cardoso Moreira, até alto desenvolvimento, como São João da Barra.

Na faixa intermediaria do ranking regional, Campos dos Goytacazes perdeu posições na região e no estado por conta da queda de 10,7% observada no índice Emprego e Renda mesmo obtendo avanços em Educação (o índice cresceu 4,8%) e Saúde (+1,7%).

No ranking geral do estado do Rio, Resende ocupa a primeira posição, com 0,8349 ponto. Em seguida, está Volta Redonda, que se destacou por ser a única cidade a registrar alto nível de desenvolvimento nas três vertentes analisadas pelo IFDM, status conquistado por conta do expressivo avanço no IFDM-Emprego e Renda e à melhora no IFDM-Educação. Já a terceira colocação no ranking estadual é ocupada por Nova Friburgo, seguida do município do Rio de Janeiro, que também ultrapassou a fronteira do alto desenvolvimento devido, principalmente, ao avanço da variável Educação. Entre as capitais brasileiras, o Rio é a 9ª melhor colocada. Japeri manteve-se na última colocação no ranking do estado do Rio.

Brasil avança em Educação e Saúde e mantém nível de desenvolvimento moderado

Em um cenário nacional de desaceleração da geração de empregos e menor crescimento da renda, o IFDM revelou que a Educação e a Saúde foram os grandes destaques para que o Brasil mantivesse em 2011 o nível de desenvolvimento moderado observado na última década. O avanço nas duas vertentes fez com que o país atingisse 0,7320 pontos no índice, um crescimento de 1,8% na comparação com 2010.

O IFDM-Educação atingiu 0,7355 pontos em 2011 e foi o indicador que mais cresceu em relação ao ano anterior (3,9%). O crescimento ocorreu em 81% dos municípios e refletiu, principalmente, o aumento das notas do Ideb em 3.918 cidades (70,4% do total). O resultado fez com que a maioria dos municípios (54,8%) ficasse com desenvolvimento moderado nesta vertente, enquanto 25% atingisse o alto desenvolvimento. Ainda assim, 20% do país apresenta indicadores de educação regulares ou baixos.

O IFDM-Saúde cresceu 2,1% em 2011, atingindo 0,7387 pontos e com melhora no indicador em 65% dos municípios. Os resultados refletem a evolução de todas as variáveis que compõem o IFDM-Saúde, em especial do indicador de internações sensíveis à atenção básica, que teve um incremento de 3,6%. Analisando essa vertente, o número de municípios com alto desenvolvimento subiu de 1.415 para 1.583, com destaque para as regiões Sul e Sudeste. Apesar da melhora, o número de municípios com baixo desenvolvimento no IFDM-Saúde é dez vezes maior do que o observado no IFDM-Educação. Somente as regiões Norte e Nordeste reuniram 260 dos 303 municípios de baixo desenvolvimento nesta área.

Já o IFDM- Emprego e Renda foi o único que recuou em 2011, passando de 0,7261 para 0,7219 pontos (-0,6%). O número de municípios com alto desenvolvimento caiu de 124 para 97, enquanto o de municípios com baixo desenvolvimento aumentou de 1.624 para 1.686. Os dados refletem a desaceleração da economia brasileira naquele ano, quando o saldo de geração de postos de trabalho com carteira assinada foi 23% inferior ao registrado no ano anterior.

No resultado geral, 3.653 (66,7%) cidades iniciaram a nova década em situação melhor do que terminaram a passada, sendo que apenas 332 (6,0% do total) alcançaram o nível de alto desenvolvimento. No ranking nacional do IFDM, houve a predominância total de São Paulo nas 10 primeiras colocações. Neste grupo, praticamente todas as cidades apresentaram alto desenvolvimento nas três áreas analisadas. A primeira cidade colocada no ranking foi Louveira (SP), com 0,9161 pontos, seguida de São José do Rio Preto (SP), com 0,9156. Nas duas últimas posições do ranking nacional estão Santa Rosa do Purus (AC), com 0,2819 pontos, e Atalaia do Norte (AM), com 0,2916 pontos.

Entre as capitais brasileiras, Curitiba (PR) ocupou novamente o topo do ranking, enquanto São Paulo (SP) e Vitória (ES) alternaram suas posições. A capital paulista assumiu a segunda colocação por manter um bom desempenho na vertente Emprego e Renda, indo na contramão das demais capitais que, em grande maioria, apresentaram recuo na geração de empregos. Estas três cidades e Palmas (TO), quarta colocada no ranking das capitais, integram o rol dos 100 maiores IFDMs do Brasil.

Nível de desenvolvimento ainda é desigual no país

Os níveis de desenvolvimento encontrados nos municípios brasileiros continuam dividindo o Brasil em dois. De um lado estão as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que possuem 60% das cidades brasileiras e dominaram os 500 maiores IFDMs do país, com 98,6% de participação. Do outro estão as regiões Norte e Nordeste, que respondem por 40% das cidades brasileiras e predominaram entre as 500 posições mais baixas do ranking, com 94,4% de participação.

O resultado aponta que o número de óbitos mal definidos dos municípios menos desenvolvidos é três vezes pior e a taxa de internações evitáveis por ação da atenção básica é quase o dobro da observada nos municípios mais desenvolvidos. Em Educação, as taxas de abandono escolar entre os 500 maiores IFDMs são dignas de países desenvolvidos, menores do que 1%, e contrastam com as taxas dos 500 menores, seis vezes piores. Outro ponto que ressalta a desigualdade entre as regiões é o contraste do mercado de trabalho, onde há municípios capazes de empregar formalmente mais de 40% da sua população em idade ativa e outros que não chegam a um décimo.

Levando em consideração o ritmo de desenvolvimento registrado no país desde 2005, considera-se que o grupo dos 500 piores IFDMs está 13 anos atrasados em relação aos padrões de desenvolvimento encontrados nos municípios que ficaram no topo do ranking. De acordo com o estudo, essas cidades menos desenvolvidas ainda não chegaram ao século XXI.


Acesse www.firjan.org.br/ifdm para obter a íntegra do estudo, tabelas, rankings e análise dos estados.
Outras informações
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