quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Um advogado e uma Procuradoria


A Câmara dos Vereadores de Campos está sendo alvo de mais uma polêmica. O motivo já foi exaustivamente debatido, mas ainda é merecedor de uma melhor análise.

O mais recente certame realizado na gestão do atual presidente da Fenorte - Nelson Nahin - teve o advogado José Paes como o primeiro colocado para a vaga de Procurador.
Referido advogado foi quem conseguiu, em ação judicial, impedir o prosseguimento do Sistema Administrativo de Contratação (REDA) da Prefeitura de Campos, na gestão da Prefeita Rosinha Garotinho.

O concurso feito pelo irmão de Garotinho levantou uma série de especulações acerca de sua validade. Tanto é que alguns vereadores da Situação, como "Tadeu Tô Contigo" e Thiago Virgílio, não pouparam críticas ao ex-presidente Nahim. Todavia, até o presente momento, nada que desabone a postura de Nelson foi apresentado.

Quando esperávamos que a atual gestão da Casa do Povo iniciasse os procedimentos de convocação dos aprovados, Edson Batista faz publicar um ato desclassificando o advogado José Paes.

Para tanto, ele alegou que o advogado deixou de apresentar alguns documentos exigidos pelo item 9.2 do Edital. José Paes, por sua vez, declarou que possui o comprovante da entrega dos documentos.

A situação é surreal. Um concurso de provas e/ou títulos é a forma mais democrática de se ingressar no Poder Público. O cidadão que opta por essa modalidade de estabilidade espera que o processo de escolha transcorra de forma regular desde quando os procedimentos iniciais de validade são realizados.

Nesse caso, estamos diante da palavra do advogado aprovado e a versão da Procuradoria da Câmara. Até o momento, qualquer das partes materializou o que externou de forma escrita e verbal. Isso faz com que inúmeras dúvidas surjam no imaginário daqueles que acompanham com atenção mais uma situação delicada, envolvendo o Poder Legislativo local e a sociedade campista.

O desfecho desse episódio é de suma importância para que os concursos públicos realizados em nosso município não sejam maculados nem mesmo sejam utilizados como arma política.

A Procuradoria da Câmara e o advogado aprovado precisam avançar nos esclarecimentos para que a verdade dos fatos venha à tona e os responsáveis sejam devidamente apontados.
A lisura de mais um concurso público de nosso município passa pelo fim dessa celeuma. Afinal, estamos diante de um equívoco primário do advogado "concurseiro" ou de uma falha gritante da Procuradoria da Câmara dos Vereadores?

Que venham os esclarecimentos e que a sociedade campista exerça o encargo de análise.

Cláudio Andrade

Um comentário:

Gianna Barcelos disse...

Dr José Paes Neto tem um comprovante de que a documentação foi entregue.
Neste comprovante não fala em falta de documentação até mesmo porque se estiver faltando UM documento ELES NÃO RECEBEM OS DEMAIS.